terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Resenha do artigo VANTAGEM COMPETITIVA NA VISÃO BASEADA EM RECURSOS


Resenha do artigo VANTAGEM COMPETITIVA NA VISÃO BASEADA EM RECURSOS cujo Autores são: CARVALHO, L. F e GRZEBIELUCKAS, C. Resenha elaborada por Célia Buarque.

Trata da conceituação e do histórico da RBV. A proposição central da RBV é que a fonte da vantagem competitiva encontra-se, primariamente, nos recursos e competências desenvolvidas e controladas pelas empresas e, secundariamente, na estrutura das indústrias nos quais elas se posicionam (WERNERFELT, 1984; PETERAF, 1993).
A ideia de que as diferenças qualitativas das firmas possam ser atribuídas a recursos específicos representa, também, uma ruptura com o preceito porteriano que atribui a diferença entre elas a fatores externos. Como seu posicionamento dentro da indústria.
Wernerfett (1984), em seu artigo, faz um paralelo entre a visão tradicional baseada em produtos (PORTER) e a visão baseada em recursos (PENROSE), mostrando que, nesse caso novas perspectivas estratégicas podem ser visualizadas, principalmente para firmas que pretendam diversificar suas atividades em outros mercados.
A partir da década de 90, com o desenvolvimento da RBV, Barney (1991), afirma que uma empresa possui vantagem competitiva sustentável quando é implementada uma estratégia de criação de valor que ainda não foi praticada por nenhum dos seus concorrentes atuais ou potenciais e, quando essas firmas são incapazes de duplicar os benefícios desta estratégia.
Fonte: Sielo.br

Wernerfelt (1984) define como recursos de uma firma todos os ativos tangíveis e intangíveis e que a ideia de explorar somente um recurso é considerada vulnerável na proteção das forças simultâneas do mercado. A gestão estratégica, apoiada na RBV, assume que o ambiente é dinâmico e potencialmente instável. Justamente em função da concorrência entre as empresas e dos processos de inovação que estas se veem obrigadas a conduzir. Uma forma de identificar os recursos intangíveis poderia ser na denominação do que seja uma rotina (padrão que a organização segue repetidamente para execução de um dado processo organizacional, isto é, uma habilidade da organização).
Ao longo de sua história, a empresa acumula conhecimento e desenvolve heurísticas que se institucionalizam nas rotinas da empresa, abreviando cognitivamente futuras decisões. Por outro lado, nem todas as capacidades de uma firma têm natureza semelhante. Teece, Pisano e Shuen (1997) propuseram a abordagem das capacidades dinâmicas que pode ser definida como a habilidade de alcançar novas formas de vantagens competitivas – Dinâmicas: habilidade de renovar competências e Capacidades: adaptar-se de forma apropriada. Então, capacidades dinâmicas são como ativos chave da empresa e refletem a criatividade da organização em obter formas novas e inovadoras que conduzam a uma situação de vantagem competitiva, tendo em conta dependências passadas e a sua posição face ao mercado.
Dentro da RBV uma ênfase que também deve ser dada, refere-se ao processo de desenvolvimento interno dos recursos, o qual Diericky e Cool (1989) denominam por acumulação – recurso não negociáveis que são desenvolvidos e acumulados pela firma. Esses recursos protegem contra a imitação porque possuem dimensões tácitas e são socialmente complexos, eles surgem dos conhecimentos e aprendizagem da organização.
Percebe-se que para manter as vantagens competitivas as empresas precisam ter e manter em constante inovação seus recursos, sejam tangíveis ou não. Uma tarefa nada fácil que requer um acompanhamento e adaptação constante às mudanças e aos desafios. E que, também, as diferentes teorias trazem vantagens e desvantagens e que é preciso adaptá-las a realidade de cada empresa para assim ver com mais clareza, a que melhor se adéqua.

Resenha apresentada como atividade da Base de Pesquisa do Programa de Iniciação Científica (PROIC) Unifacex. 2012.2.

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